Comparativo:Audi A4 2.0 TDI / BMW 318d / Mercedes-Benz C200 CDI

Audi A4 2.0 TDI / BMW 318d / Mercedes-Benz C200 CDI



A Audi volta a atacar em força o segmento dos familiares com o lançamento do novo A4. Logo à primeira vista, o seu comprimento sobressai, afinal, mede mais vinte centímetros, sensivelmente, que o Série 3 da BMW e mais doze que o Classe C da Mercedes-Benz. Ou seja, em estrada, o novo Audi marca presença e apenas passa mais despercebido, do que seria de esperar, porque o "corte" com as linhas do anterior modelo não se pode considerar propriamente radical. Ajudando ainda mais a essa discrição, está o facto de a marca ter lançado o coupé A5 há relativamente pouco tempo, cuja frente, por exemplo, tem muitos traços semelhantes.

O que esta nova proposta de Ingolstadt tem em comum com os seus opositores neste comparativo é a boa qualidade de montagem da sua carroçaria, borrachas bem colocadas e painéis bem alinhados sem folgas pronunciadas. Tratam-se, efectivamente, de três modelos onde o rigor de montagem está num plano elevado. A garantia de trinta anos contra a corrosão (interna), oferecida pela Mercedes-Benz, dá ao C200 CDI uma vantagem no campo das garantias. Em simultâneo, o facto de incluir todos os sistemas de segurança que os outros dois rivais têm, acrescentando-lhes ainda o airbag de joelho para o condutor, também favorece o modelo da marca da estrela, na área dos dispositivos de segurança.

Tanto o Audi como o Mercedes-Benz propõem as melhores bagageiras com 480 e 475 litros, respectivamente, um pouco mais que no BMW (460 litros), o suficiente para marcar a diferença. O acesso a todas elas é bom e o formato interno também facilitará a tarefa de arrumar os diversos volumes que se queiram transportar.

Ao contrário do que seria de esperar, considerando o aumento do seu comprimento, o Audi não apresenta grandes diferenças no espaço interior para os outros dois concorrentes. Sente-se uma melhor acessibilidade traseira mas isso deve-se apenas ao desenho superior do arco das portas de trás. Uma vez sentados nos bancos traseiros, os três modelos oferecem sensivelmente o mesmo espaço para as pernas.

Distribuir objectos no habitáculo em qualquer um dos modelos comparados poderia ser mais simples, pois nenhum deles é propriamente um prodígio de versatilidade neste campo. No entanto a pouca generosidade dos espaços propostos pelo BMW, nomeadamente nos dois compartimentos das portas, prejudica-o face aos seus dois compatriotas.





O cuidado verificado na construção da carroçaria faz-se sentir também no habitáculo destes germânicos. As folgas são pouco pronunciadas e verifica-se que poucos detalhes foram deixados ao acaso. O único aspecto menos positivo está na escolha dos materiais feita pela Mercedes-Benz que até face à anterior geração do Classe C parece menos conseguida. Os plásticos utilizados não são tão agradáveis ao toque como no BMW e Audi, o que lhe prejudica o ambiente a bordo.

No caso do modelo dos quatro anéis, verifica-se uma melhoria face à anterior geração, pois agora toda a consola central possui melhores materiais e já não há tantos plásticos rígidos nos planos inferiores.

Um dos pontos onde o novo A4 se destaca é no equipamento. Além disso, a unidade ensaiada estava repleta de opcionais, donde se destacam os bancos desportivos em pele e com regulação eléctrica, suspensão desportiva e as jantes de liga leve de 18 polegadas, entre outros. O Mercedes-Benz é o único dos presentes com bancos em tecido e, como opção, apenas estava equipado com espelhos retrovisores eléctricos e rebatíveis e o sistema "parktronic" de auxílio ao estacionamento.

No BMW merecem destaque os faróis bi-xénon e os bancos em pele, incluídos também como opcionais. Além de todas estas opcões, consideradas para efeitos de comparação, em qualquer um deles a lista de equipamento de série (e neste caso concreto opcional, também) é vasta, mas no final, contas feitas, a vantagem vai mesmo para o novo A4. Essa vantagem estende-se também à posição de condução.

As regulações da coluna de direcção e dos bancos são muito amplas e variadas, o que garante um bom envolvimento para o condutor, tenha ele que estatura tiver. Já o BMW continua a ser penalizado pela posição da sua coluna de direcção, um pouco enviesada. No Mercedes-Benz, por muito que se acerte o banco e a coluna de direcção, a posição final acaba por ser sempre um pouco elevada demais. Em jeito de compensação, o conforto acústico é melhor no modelo de Estugarda que consegue proteger melhor os ocupantes dos ruídos do motor, aerodinâmicos ou de rolamento.




Apesar de estar equipado com sensores de estacionamento apenas atrás, ao contrário dos seus rivais que possuem sensores atrás e à frente, o BMW revela-se um dos mais fáceis de conduzir no dia-a-dia. É o mais curto, tem um bom diâmetro de viragem e a sua direcção com assistência variável é a mais leve em trânsito citadino. Tudo isto reunido resulta numa forma muito instintiva de o levar onde queremos, ou estacionar onde podemos.

No campo do conforto, o Audi surpreende pois não seria de esperar um conforto tão bem conseguido quando estamos perante um modelo equipado com suspensão desportiva e pneus 245/40 ZR18. A forma como filtra o mau piso é muito eficaz, ficando apenas ligeiramente abaixo, na supressão de vibrações, do Mercedes-Benz. Mas este tinha montados pneus 205/55 R16 e uma suspensão muito mais vocacionada para o conforto. No BMW sente-se o bom trabalho da suspensão, mas esta é traída pelos pneus "runflat" montados em jantes de 17 polegadas.

Enveredando por estradas um pouco mais exigentes, as capacidades dinâmicas da berlina bávara continuam intocáveis, muito por culpa de uma direcção directa e informativa e do equilíbrio sentido no comportamento do 318d devido à distribuição do peso de forma equitativa entre os dois eixos.

Quase se poderia dizer que, quando curva, o BMW curva como um bloco com o eixo posterior a seguir as "pisadas" do eixo dianteiro. E o facto de possuir tracção traseira a ajudar no "ajuste" da trajectória correcta, garantindo-lhe uma grande agilidade e um factor de diversão. O Audi está muito perto de exibir capacidades semelhantes e a diferença está numa direcção um pouco menos precisa que no BMW. O Mercedes-Benz mostra-se muito mais filtrado na forma como lida com o asfalto e o amortecimento suave que exibe não tem a pretensão desportiva de controlar tão bem os movimentos laterais da sua carroçaria.



Em termos de prestações, a linearidade na subida de regime do motor BMW, que responde logo a partir das 1500 rpm, garante-lhe a melhor aceleração dos 0 aos 100 km/h. Já o Mercedes-Benz e o Audi exibem uma aceleração semelhante. No caso do Audi, o novo motor 2.0 TDI que passou a usar injecção comon-rail em vez dos quatro anteriores injectores-bomba, mantém uma das características bem conhecidas dos TDI, ou seja, a rápida subida de rotações, neste caso a partir das 1700 rpm. Um dos trunfos do novo A4 está na caixa de velocidades, suave, precisa e com um escalonamento curto o que lhe garante as melhores recuperações.

Já o BMW, ao apresentar uma sexta relação muito longa, sai penalizado nas recuperações mas, juntamente com as soluções do pacote Efficient Dynamics, consegue uns consumos referenciais para o segmento. Uma média de 5,7 litros a cada 100 quilómetros percorridos é um dado a levar em linha de conta nos dias que correm. Todos os modelos possuem um sistema que gere as idas à revisão, o que pode acontecer mais cedo ou mais tarde, em função da utilização dada ao veículo, mas em média estão programadas visitas à oficina em redor de cada 30 mil quilómetros, o que os coloca em pé de igualdade.

O preço final das três unidades ensaiadas dá vantagem ao BMW, um dos modelos que mais beneficiou com a nova fiscalidade pois é o que apresenta os valores mais baixos de emissões poluentes. O Audi A4 aqui considerado surge como o mais caro, mas compensa esse facto com a vasta lista de equipamento considerada.



Em suma, o Audi entra da melhor forma no segmento, demonstrando tratar-se de um excelente produto, pois, jogando com o equipamento, pode baixar-se o seu valor final e ele estará sempre numa luta "taco-a-taco" com os seus tradicionais rivais, que se mantêm como propostas muito válidas e cheias de bons argumentos. É caso para dizer que, no meio da formação germânica, a luta continua.

A audi com este novo modelo veio pulverizar a concorrência.

E está bem desenhado, tudo feito ao pormenor, as linhas fluem naturalmente em todo o carro, uma grande avanço na nova imagem do novo A4

HC escreveu:E está bem desenhado, tudo feito ao pormenor, as linhas fluem naturalmente em todo o carro, uma grande avanço na nova imagem do novo A4

Completamente de acordo

x2

sem duvida, se for para continuar assim deixamos é de ter concorrência.....

caros amigos as linhas dos novos bmw ui ui ..

iceberg escreveu:caros amigos as linhas dos novos bmw ui ui ..

Também estão um espectáculo, mas estas novas linhas da Audi não lhe ficam atrás